quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FALANDO SOBRE ESPIRITUALIDADE





Boa noite, pessoas do bem!

O assunto de hoje é amplo e contraditório. Mas tentarei expressar minhas ideias, como sempre faço. Para esse assunto, não existe certo ou errado, pois é uma experiência muito pessoal.
Para mim espiritualidade é tudo aquilo que dá sentido à vida e transcende o palpável. É tudo que nos tira da “roda viva” da correria do dia a dia e nos traz de volta a nós mesmos, ou a algo “acima de nós”. É quando deixamos de lado tudo que tem ligação com o mundo material, independente de uma religião específica. Buscar algo em nosso íntimo ou em um “poder superior” pode ser a mesma coisa, tendo em vista as palavras de Jesus na Bíblia: “Vós sois deuses” (João 10:34). E a própria Bíblia afirma que Deus fez o homem (ser humano) à sua imagem e semelhança. Portanto, a espiritualidade está dentro de cada um, e não em igrejas, templos ou algo parecido.
Espiritualidade é mais um estado de espírito (o próprio nome já diz) do que uma ação. É o que a gente sente quando faz uma prece ou oração, assim como quando meditamos, admiramos uma flor, ficamos parados sentindo o vento, sem pensar em mais nada. É o momento da verdadeira presença, quando sentimos que estamos ali, de corpo e alma. Ninguém consegue se sentir assim dirigindo o carro em um trânsito caótico, resolvendo um problema no trabalho ou fazendo compras no supermercado. Justamente porque nesses momentos estamos "fora" de nós mesmos, como se fizéssemos parte do trânsito, do trabalho, dos produtos nas gôndolas. Mas quando a gente deixa tudo de lado para se concentrar em uma prece, em uma meditação, em uma flor ou no vento, o espiritual floresce. 
Não tenho a intenção de diminuir ou desprezar a ideia de um Força Superior, independente do nome atribuído a ela. Eu mesma acredito em Deus, que para mim é a Energia que move todos os seres e mundos. Somente valorizo os momentos de plena consciência como se fossem manifestações de Deus através de mim.
Uma das manifestações mais belas da espiritualidade é o sentimento de gratidão. E eu procuro agradecer por tudo que acontece em minha vida. É claro que começo pelas coisas boas, que me dão prazer. Agradeço por ter dormido bem (quando isso acontece), por ter conseguido resolver determinado problema, por ter um filho que só me traz felicidade, por ter meus pais ainda ao meu lado. Mas me esforço um pouquinho e procuro agradecer pelos sinais menos prazerosos que a vida me dá. Por exemplo, atualmente agradeço por ter tido que parar tudo em minha vida, devido a uma cirurgia para corrigir um descolamento de retina. Somente quem passou por isso sabe como o pós operatório é complicado. E ainda estou às voltas com umas complicaçõezinhas que ocorreram ... Mas, se não fosse assim, algo tão radical, eu não teria que ter dado um "breque total" , e hoje vejo como eu estava precisando disso. Não adiantaria "dar uma paradinha". Precisei de um problema grave, provavelmente porque se não fosse assim, algo pior poderia ter ocorrido. Então eu agradeço ...
Mas como sou um ser que vive mais fora de si do que dentro (como a maioria das pessoas neste mundo), recorro a algumas técnicas que me ajudam muito a me conectar com o divino. Faço minhas preces, desde criança, sempre que consigo desligar um pouco esta máquina falante que é meu cérebro. E também venho colocando em prática alguns dos muitos ensinamentos que minha curiosidade me leva a buscar.
Sempre tive admiração pela imagem do Arcanjo Miguel. O anjo guerreiro, chefe do exército celeste. Talvez porque ele personifique a ideia de que bondade não significa passividade. Há algum tempo atrás, encontrei um texto da Grande Fraternidade Branca, onde aprendi uma oração que até hoje faço, todos os dias pela manhã:     

   "São Miguel à frente, São Miguel atrás,
     São Miguel à direita, São Miguel à esquerda,
     São Miguel acima, São Miguel abaixo
     São Miguel, São Miguel, aonde quer que eu vá,
     Eu sou o seu amor que protege aqui
     Eu sou o seu amor que protege aqui
     Eu sou o seu amor que protege aqui"

Enquanto faço essa oração, mentalizo uma luz azul cobalto me envolvendo nas direções citadas. E a repito em todos momentos em que quero me sentir protegida. 
Também utilizo uma saudação da tradição judaico-cristã, que, segundo informado em vários sites que visitei, ajuda a trazer equilíbrio (minha conclusão simplista) e a afastar as energias negativas :

"Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai, Tsebayoth"
(pronúncia: Kodóish, Kodóish, Kodóish, Adonai Tsabeiót)

A tradução dessa saudação é "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, Soberano do Universo". Eu a repito mentalmente ou verbalmente (se não houver ninguém por perto que possa me levar a um hospital psiquiátrico) por sete vezes, principalmente quando sinto algo me incomodando e não consigo entender exatamente o que seja. Quando estamos em desequilíbrio, emitimos uma energia (vibração) negativa, e como semelhante atrai semelhante, as energias negativas vêm até nós como se fôssemos um imã. Aí fica difícil conseguir reequilibrar-se. Então eu acredito que essa saudação, utilizada como um mantra, pode afastar de mim essas energias externas, para que eu descubra o que está acontecendo comigo. Encontrando meu equilíbrio, emito energia positiva e atraio esse mesmo nível de energia. 
Para maiores informações sobre este mantra, há vários sites sobre o assunto. Eu consultei esse: http://karunaki.comunidades.net/index.php?pagina=1076535641
Bem, não encontrei nenhum cientista afirmando que há uma explicação para estas técnicas. Mas como a ciência ainda não explica muitos assuntos espirituais (para não dizer "quase todos") , acho melhor não contar com isto. O que eu sei é que, para mim, essas técnicas funcionam. E, para mim, é isto o que importa.  


Muita luz para todos!
Abraços






sábado, 13 de setembro de 2014

HÁ EM MIM MUITAS DEUSAS



Boa noite, pessoal!

Há alguns anos atrás eu participava de uma comunidade do "falecido"Orkut, que reunia psicólogos para troca de textos e idéias sobre a teoria de Carl Gustav Jung. Foi então que recebi um texto muito interessante sobre os arquétipos femininos, denominado "Há em mim muitas deusas". Infelizmente, não posso informar a autoria, pois guardei somente um resumo do texto. Mas tentarei transmitir as ideias que recebi.
Primeiramente, vou explicar brevemente o que são arquétipos. Jung descreveu arquétipo como um conjunto de imagens presentes no inconsciente coletivo, que é a parte mais profunda do inconsciente de uma pessoa, e que guarda a herança genética de um povo. Ou seja, toda pessoa possui o inconsciente pessoal (resultado de experiências vividas) e o inconsciente coletivo, que não depende das vivências pessoais, mas sim da cultura onde ela vive. Tanto as imagens do inconsciente pessoal quanto as do coletivo interferem na personalidade e comportamento humano.
Dessa forma, procurar em qual arquétipo você se identifica é uma bom exercício de autoconhecimento.
Então, vamos às deusas gregas e suas características:

AtenasDeusa da sabedoria
A mulher Atenas é prática, valoriza o intelecto e geralmente prioriza o lado profissional. Costuma estar rodeada por pessoas que a admiram. Sente-se atraída por homens inteligentes, mas tem dificuldade em vivenciar os prazeres físicos e seu lado afetivo pode ficar em segundo plano.
Aspectos a serem desenvolvidos: consciência corporal e afetividade.

Artemis: Deusa da caça e da lua 
A mulher Artemis é guerreira, individualista e busca a liberdade em todos aspectos de sua vida. Auto suficiente, costuma optar pelo celibato. Busca o contato com  a natureza e com os animais para reequilibrar-se. 
Aspectos a serem desenvolvidos: racionalidade, sociabilidade e ternura.

Perséfone: Deusa do mundo oculto
A mulher Perséfone é meiga, feminina e sente grande atração pelo mundo esotérico e espiritual. Costuma atrair homens mais jovens. Gosta de ficar sozinha, recolhida em seu mundo interior. 
Aspectos a serem desenvolvidos: afetividade , ardor (para minimizar seu distanciamento do mundo) e ligação com a realidade.

Afrodite: Deusa da beleza e do amor
A mulher Afrodite é impetuosa e impulsiva. Possui uma vitalidade intensa e desperta afetividade por onde passa. Vive plenamente sua sexualidade, e sua vida sentimental é geralmente tumultuada.
Aspectos a serem desenvolvidos: disciplina, racionalidade e profissionalismo.

Héstia: Deusa da purificação
A mulher Héstia é equilibrada e responsável pelas questões familiares. Centrada no "aqui-agora", consegue permanecer firme nas situações mais confusas. Envolvida com o coletivo e as grandes causas.
Aspectos a serem desenvolvidos: senso de realidade e individualidade.

Deméter: Deusa das colheitas.
A mulher Deméter é maternal, acolhedora e preocupada com o bem estar da família, dos filhos e dos amigos. Gosta da vida no lar, é super protetora  e pode ser sufocante em seus relacionamentos.
Aspectos a serem desenvolvidos: cuidado consigo mesma, profissionalismo e individualidade.

Hera: Deusa do casamento.
A mulher Hera é ligada ao poder e valoriza o casamento. É vista pelos amigos como alegre, ativa e inteligente. Em casa, costuma ser autoritária e priorizar os padrões sociais. 
Aspectos a serem desenvolvidos: ternura e respeito às diferenças individuais.

Como diz o título dessa postagem, todos somos uma mistura de várias deusas. Sim, pois elas estão presentes também no lado feminino dos homens. Por esse motivo, convido a todos para esse mergulho em suas deusas interiores, inclusive para identificação dos aspectos de sua personalidade que necessitam de uma maior atenção.
Eu mesma me considero uma personificação de Perséfone com grande influência de Atenas. Portanto, preciso desenvolver a consciência física, a afetividade, o ardor e a ligação com a realidade.
E suas deusas, quais são? 




Muita luz para todos!
Abraços




terça-feira, 9 de setembro de 2014

FLORAIS DE BACH




Boa tarde, pessoal!

O primeiro tema de meu blog teria que ser sobre uma paixão antiga: a terapêutica com os remédios florais do Dr. Bach.
Acredito que todos já conheçam de alguma forma essa terapêutica. Mas gostaria de abordar minha experiência profissional e pessoal sobre o assunto, da maneira mais simples que seja possível.
Eu trabalho com Florais de Bach desde 1991, quando fiz um curso ministrado por um médico homeopata, profundo conhecedor do assunto. Como médico, ele inclusive ensinou-nos a associar alguns sintomas físicos com problemas emocionais, já que esses medicamentos são diretamente relacionados aos transtornos dessa ordem.
Comecei a utilizar essa terapêutica floral como complemento à psicoterapia em minha clínica. Como psicóloga, não poderia ministrar medicamentos, como fazem os psiquiatras. E buscava alternativas que pudessem favorecer e até acelerar o processo psicoterápico. 
Na época, esse assunto ainda era um tabu, embora ainda hoje toda terapêutica que trabalha com ENERGIA  (tratarei disso logo abaixo) seja muito discutida. Mas minha experiência com o assunto foi totalmente positiva. Esses medicamentos, quando corretamente ministrados, tratam dos distúrbios emocionais minimizando os sintomas sem mascarar as causas dos mesmos. Pelo contrário. Agem como se estivessem "despetalando" uma rosa, equilibrando as emoções que são originadas por uma causa, e que a "recobrem" como as pétalas de uma rosa ocultam seu interior. Simplificando (como sempre), um apego excessivo às pessoas e/ou a objetos pode ser um sinal do distúrbio emocional conhecido como Síndrome do Pânico. 
O mesmo sintoma pode ter origens diferentes, como o mesmo distúrbio original pode apresentar diferentes sintomas (físicos e/ou emocionais). Por exemplo, a Síndrome do Pânico citada acima também pode desencadear um caso de obesidade (compulsão alimentar para compensar a ansiedade que o pânico provoca), assim como a obesidade também pode ser um sinal de incerteza em recorrigir o caminho da vida (compensar o "vazio interior"). Ou seja, o assunto é extremamente complexo e por esse motivo os Florais de Bach devem ser receitados por profissionais habilitados, para não haver o risco de problemas na associação causa/sintoma, e também para não desencadear emoções indesejáveis. Sim, os remédios florais não apresentam contra indicações explícitas, MAS PODEM DESENCADEAR SINTOMAS COLATERAIS. Alguns medicamentos não podem ser ingeridos à noite, para não causarem insônia. Outros não devem ser receitados no início do tratamento, quando a pessoa ainda não está fortalecida emocionalmente para vivenciar alguns sentimentos dolorosos e que estão ocultos pelo sintoma. E isso geralmente não é encontrado em revistas, sites e nem mesmo em muitos livros.   

Como os Florais de Bach atuam em nosso organismo?

É aí que entra a questão da ENERGIA. Bem, devo advertir que ainda não existe uma conclusão científica para essa questão. A prova atual de que os remédios florais funcionam é através dos efeitos que eles provocam. Por esse motivo, são tão questionados. 
Segundo o próprio Dr. Bach, os florais, "como uma linda música ou qualquer outra coisa inspiradora que levante nosso astral, fazem emergir nossa verdadeira natureza, e nos aproximam de nossas almas. E tão somente por essa ação eles nos aportam paz e aliviam nosso sofrimento" .
Vou tentar explicar como imagino a atuação dos florais, que é a mesma explicação que encontro para todas as tão discutidas terapias energéticas. Para isso utilizo conceitos (simplificadíssimos, é claro) que podem ser melhor explicados pela mecânica quântica (os especialistas que me perdoem ...). É claro que essa é uma explicação extremamente simplista e subjetiva, mas vamos lá:
Toda matéria é composta por partículas (átomos) que estão em constante movimento. Esse movimento gera uma energia (ou vibração). Uma pessoa que está vivenciando sensações de bem estar (físico, mental e espiritual) está vibrando  em seu equilíbrio . Ou seja, todos seus átomos estão movimentando-se da maneira como deveriam estar. E esse equilíbrio é algo  único e particular, varia de pessoa a pessoa. 
Digamos que para estar em equilíbrio, uma pessoa precisa que seus conjuntos de partículas estejam movimentando-se em diferentes velocidades. Essa soma (usaremos como exemplo: velocidade 1 + velocidade 2 + velocidade 3, etc.) é que gera o equilíbrio. Se em algum momento, por qualquer motivo, um conjunto de partículas que movimentava-se na velocidade 2 (por exemplo) passe a movimentar-se na velocidade 1, esta pessoa estará em desequilíbrio.
Ainda utilizando-se o exemplo acima, e supondo-se que a velocidade 2 execute um movimento duplamente mais rápido do que a velocidade 1, para que seja restabelecido seu equilíbrio, essa pessoa precisará de algo que vibre (movimente-se) na velocidade 1 (já que 1 +1 = 2).
Adaptando-se essa sofrível explicação para a terapêutica floral, e continuando a série de exemplos, digamos que a "falta da velocidade 1" gere em uma pessoa a sensação de apatia. Para tratar esse sintoma, eu poderia receitar o floral "Wild Rose". Então esse floral vibraria na velocidade 1, que é a que falta para a pessoa entrar em equilíbrio. Detalhe: quando se trata de vibração, nosso organismo somente absorve a vibração exata que está faltando. Se essa pessoa ingerir um floral em outra vibração, o organismo simplesmente "ignora" e não absorve essa vibração. Por esse motivo, dizemos que os remédios florais não têm contra indicação.

IMPORTANTE: os Florais de Bach não substituem nenhum tipo de tratamento (medicamentoso ou psicoterápico), somente devem ser utilizados como uma terapia complementar, desde que indicados por um profissional habilitado.

Bem, pessoal, espero ter conseguido transmitir um pouco do que aprendi esses anos sobre esse assunto tão simples e ao mesmo tempo complexo. Não classifiquei os florais nem contei a vida do Dr. Edward Bach (que, por sinal, é muito interessante), mas vocês poderão encontrar maiores explicações em vários sites da internet. 



Por favor, divulguem, comentem, perguntem, deem sugestões. Gostaria muito de saber quais assuntos vocês gostariam que eu abordasse nas próximas postagens. 

Muita luz para todos!
Abraços