domingo, 20 de março de 2016

A ARTE DE CONVIVER COM A DOR ALHEIA

            

  




       O respeito à dor do próximo é o início de toda ajuda efetiva. Se não for possível fazer mais nada, a ausência de críticas, julgamentos e conselhos milagrosos já será de grande valia!   
       O sofrimento moral não é algo palpável, comparável ou mensurável. Se algumas características físicas e/ou emocionais são comuns a várias pessoas, o conjunto delas é único. É isso que torna uma pessoa especial e inconfundível, como suas impressões digitais. Assim, o que pode ser um incômodo para alguns, para outros pode ser um sofrimento incapacitante.
       Os portadores das dores ocultas, como depressão, fibromialgia, síndrome do pânico e outros tormentos emocionais, são os que mais conhecem a agressão desses conselhos milagrosos. Uma mulher depressiva deve sentir ímpetos de avestruz  (leia-se "com vontade de esconder a cabeça em um buraco") quando alguém sugere: "Passa um batonzinho que você vai se sentir melhor". Quando se perde a vontade de qualquer coisa, um batonzinho é o que menos se quer.  Imagine ainda uma pessoa com dores generalizadas pelo corpo e articulações, como os portadores de fibromialgia, ouvindo: "Se você fizer uma atividade física, vai sarar". Quando o menor movimento desencadeia  dores progressivas, uma simples caminhada pode ser comparada a uma tortura com requintes de crueldade. E deve ser um tormento para alguém que sofre de síndrome do pânico ter que ouvir frases como: "Isso é falta de coragem de enfrentar os próprios medos!".
       Infelizmente, o ser humano tem a característica defensiva de criticar o que não conhece. Inconscientemente, é a maneira de se proteger da insegurança provocada por algo que não se sabe explicar a causa e as consequências. Ou por algo com que se identifica, mas que é perturbador demais. A consciência desse processo é de extrema importância para se conviver com a dor alheia e, também com as próprias dores, muitas vezes negadas por vergonha e receio do julgamento alheio.
       Ser forte não implica em ausência de sofrimento, mas na decisão de continuar vivendo da melhor forma possível em meio às próprias tormentas. Assim como ser corajoso não significa não ter medo, mas sim enfrentar seus temores como quem enfrenta uma inimigo mortal. Portanto, quando encontrar uma pessoa em sofrimento por algum motivo que você desconhece ou julga insignificante, simplesmente ofereça seu abraço, um toque suave ou um copo de água, que pelo menos é uma forma de mostrar que quer aliviar sua dor. Mas se você não conseguir fazer nada disso, sem comentários desastrosos, simplesmente afaste-se discretamente. E aproveite a a oportunidade para questionar-se por que essa situação o incomodou tanto. E tenha a coragem de reconhecer que, provavelmente, você também está precisando de ajuda.




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

APOSENTADORIA: PREPARANDO-SE PARA A COLHEITA



Boa noite, pessoas do bem!

            Aproveitando um trabalho que estou fazendo para conclusão do curso "Educação para a Aposentadoria", quero compartilhar com vocês um texto que montei para apresentação, baseado no livro "Programa de Educação para Aposentadoria: Como Planejar, Implementar e Avaliar" de Sheila Giardini Murta, Cristineide Leandro-França, Juliana Seidl e  colaboradores.
            Esse é um assunto em que normalmente só pensamos quando estamos próximos do período de aposentadoria. E, quando isso acontece, não estamos preparados para essa nova fase de nossas vidas. Então, o que era para ser uma vivência de liberdade, passa a ser uma experiência de crise. gerando tristeza e insatisfação. Para evitar que isso aconteça, precisamos seguir alguns passos, e quanto mais cedo, melhor! Atualmente, os especialistas no assunto afirmam que o correto é preparar-se para a aposentadoria logo no início da carreira profissional. Por isso, algumas empresas estão adotando Programas de Educação para a Aposentadoria como uma ação longitudinal, ou seja, ao longo da carreira dos funcionários.
            Mas, como infelizmente isso não ocorre em todas organizações, e como alguns profissionais também não podem contar com o apoio de uma empresa (como, por exemplo, os profissionais autônomos), segue abaixo as práticas que devem ser adotadas por toda uma vida para poder garantir uma aposentadoria feliz. E, para os que já estão aposentados, sempre é tempo para recomeçar!


ESTRATÉGIAS PARA UMA APOSENTADORIA BEM SUCEDIDA:

- CONHEÇA A LEGISLAÇÃO SOBRE O ASSUNTO: entre em contato com o RH de sua empresa para fornecimento de informações; há também vários sites na internet com as leis e normas específicas para cada tipo de aposentadoria
- PLANEJE SUA APOSENTADORIA COM ANTECEDÊNCIA: ao contrário do que se pensa, a aposentadoria deve ser planejada desde o início da carreira. Quanto mais cedo você se preparar, maiores são as chances de conquistar uma aposentadoria bem sucedida.
- EDIFIQUE SEU LAR COMO SEU ESPAÇO DE FELICIDADE: garanta uma boa condição de moradia, como a aquisição da casa própria com as condições ideais de conforto e segurança; divida as tarefas do lar entre todos os moradores da casa; compartilhe regras de convivência agradáveis a todos.
- TENHA DOMÍNIO SOBRE SUAS FINANÇAS: monte uma planilha com os gastos e os rendimentos familiares; conheça a diferença entre o que você ganha atualmente e o que passará a ganhar após a aposentadoria e compare esses rendimentos com sua planilha de gastos; aplique em rendimentos para o futuro; convide sua família a participar do planejamento financeiro do lar; encoraje a independência financeira daqueles que ainda dependem de você (filhos e/ou netos, por exemplo).
- CUIDE DE SUA ESPIRITUALIDADE: encontre atividades que deem um sentido à sua vida, seja através de práticas religiosas ou trabalhos voluntários; busque o autoconhecimento e o auto aperfeiçoamento.
- NUNCA DEIXE DE APRENDER: esteja aberto a novos aprendizados, como cursos e uma possível opção de carreira para o período pós-aposentadoria.
- PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS COM FREQUÊNCIA: faça caminhadas diárias, frequente academias de ginástica, grupos de dança. O importante é exercitar-se com prazer, e preparar-se para um envelhecimento ativo.
- TENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: desenvolva hábitos alimentares saudáveis. Pesquise sobre o assunto e, se possível, busque orientação de um nutricionista para garantir que você vivencie um envelhecimento com saúde.
- DESENVOLVA UM HOBBY: além de ser essencial para sua saúde emocional, as atividades de lazer com as quais você se identifica poderão futuramente ser uma fonte de renda na aposentadoria, e um poderoso antídoto contra a inércia.
- INVISTA EM AMIZADES: resgate amizades antigas e procure relacionar-se com diferentes pessoas; “abra o leque de opções”: frequente diferentes grupos para aumentar as chances de fazer novos amigos.

     Eu montei também um vídeo com esse texto, para exibição em minhas ações de educação para aposentadoria, e compartilhei-o no Youtube, para quem quiser visualizá-lo: http://youtu.be/-pIQr86BKhs

              Grande abraço a todos!






quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FALANDO SOBRE ESPIRITUALIDADE





Boa noite, pessoas do bem!

O assunto de hoje é amplo e contraditório. Mas tentarei expressar minhas ideias, como sempre faço. Para esse assunto, não existe certo ou errado, pois é uma experiência muito pessoal.
Para mim espiritualidade é tudo aquilo que dá sentido à vida e transcende o palpável. É tudo que nos tira da “roda viva” da correria do dia a dia e nos traz de volta a nós mesmos, ou a algo “acima de nós”. É quando deixamos de lado tudo que tem ligação com o mundo material, independente de uma religião específica. Buscar algo em nosso íntimo ou em um “poder superior” pode ser a mesma coisa, tendo em vista as palavras de Jesus na Bíblia: “Vós sois deuses” (João 10:34). E a própria Bíblia afirma que Deus fez o homem (ser humano) à sua imagem e semelhança. Portanto, a espiritualidade está dentro de cada um, e não em igrejas, templos ou algo parecido.
Espiritualidade é mais um estado de espírito (o próprio nome já diz) do que uma ação. É o que a gente sente quando faz uma prece ou oração, assim como quando meditamos, admiramos uma flor, ficamos parados sentindo o vento, sem pensar em mais nada. É o momento da verdadeira presença, quando sentimos que estamos ali, de corpo e alma. Ninguém consegue se sentir assim dirigindo o carro em um trânsito caótico, resolvendo um problema no trabalho ou fazendo compras no supermercado. Justamente porque nesses momentos estamos "fora" de nós mesmos, como se fizéssemos parte do trânsito, do trabalho, dos produtos nas gôndolas. Mas quando a gente deixa tudo de lado para se concentrar em uma prece, em uma meditação, em uma flor ou no vento, o espiritual floresce. 
Não tenho a intenção de diminuir ou desprezar a ideia de um Força Superior, independente do nome atribuído a ela. Eu mesma acredito em Deus, que para mim é a Energia que move todos os seres e mundos. Somente valorizo os momentos de plena consciência como se fossem manifestações de Deus através de mim.
Uma das manifestações mais belas da espiritualidade é o sentimento de gratidão. E eu procuro agradecer por tudo que acontece em minha vida. É claro que começo pelas coisas boas, que me dão prazer. Agradeço por ter dormido bem (quando isso acontece), por ter conseguido resolver determinado problema, por ter um filho que só me traz felicidade, por ter meus pais ainda ao meu lado. Mas me esforço um pouquinho e procuro agradecer pelos sinais menos prazerosos que a vida me dá. Por exemplo, atualmente agradeço por ter tido que parar tudo em minha vida, devido a uma cirurgia para corrigir um descolamento de retina. Somente quem passou por isso sabe como o pós operatório é complicado. E ainda estou às voltas com umas complicaçõezinhas que ocorreram ... Mas, se não fosse assim, algo tão radical, eu não teria que ter dado um "breque total" , e hoje vejo como eu estava precisando disso. Não adiantaria "dar uma paradinha". Precisei de um problema grave, provavelmente porque se não fosse assim, algo pior poderia ter ocorrido. Então eu agradeço ...
Mas como sou um ser que vive mais fora de si do que dentro (como a maioria das pessoas neste mundo), recorro a algumas técnicas que me ajudam muito a me conectar com o divino. Faço minhas preces, desde criança, sempre que consigo desligar um pouco esta máquina falante que é meu cérebro. E também venho colocando em prática alguns dos muitos ensinamentos que minha curiosidade me leva a buscar.
Sempre tive admiração pela imagem do Arcanjo Miguel. O anjo guerreiro, chefe do exército celeste. Talvez porque ele personifique a ideia de que bondade não significa passividade. Há algum tempo atrás, encontrei um texto da Grande Fraternidade Branca, onde aprendi uma oração que até hoje faço, todos os dias pela manhã:     

   "São Miguel à frente, São Miguel atrás,
     São Miguel à direita, São Miguel à esquerda,
     São Miguel acima, São Miguel abaixo
     São Miguel, São Miguel, aonde quer que eu vá,
     Eu sou o seu amor que protege aqui
     Eu sou o seu amor que protege aqui
     Eu sou o seu amor que protege aqui"

Enquanto faço essa oração, mentalizo uma luz azul cobalto me envolvendo nas direções citadas. E a repito em todos momentos em que quero me sentir protegida. 
Também utilizo uma saudação da tradição judaico-cristã, que, segundo informado em vários sites que visitei, ajuda a trazer equilíbrio (minha conclusão simplista) e a afastar as energias negativas :

"Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai, Tsebayoth"
(pronúncia: Kodóish, Kodóish, Kodóish, Adonai Tsabeiót)

A tradução dessa saudação é "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, Soberano do Universo". Eu a repito mentalmente ou verbalmente (se não houver ninguém por perto que possa me levar a um hospital psiquiátrico) por sete vezes, principalmente quando sinto algo me incomodando e não consigo entender exatamente o que seja. Quando estamos em desequilíbrio, emitimos uma energia (vibração) negativa, e como semelhante atrai semelhante, as energias negativas vêm até nós como se fôssemos um imã. Aí fica difícil conseguir reequilibrar-se. Então eu acredito que essa saudação, utilizada como um mantra, pode afastar de mim essas energias externas, para que eu descubra o que está acontecendo comigo. Encontrando meu equilíbrio, emito energia positiva e atraio esse mesmo nível de energia. 
Para maiores informações sobre este mantra, há vários sites sobre o assunto. Eu consultei esse: http://karunaki.comunidades.net/index.php?pagina=1076535641
Bem, não encontrei nenhum cientista afirmando que há uma explicação para estas técnicas. Mas como a ciência ainda não explica muitos assuntos espirituais (para não dizer "quase todos") , acho melhor não contar com isto. O que eu sei é que, para mim, essas técnicas funcionam. E, para mim, é isto o que importa.  


Muita luz para todos!
Abraços






sábado, 13 de setembro de 2014

HÁ EM MIM MUITAS DEUSAS



Boa noite, pessoal!

Há alguns anos atrás eu participava de uma comunidade do "falecido"Orkut, que reunia psicólogos para troca de textos e idéias sobre a teoria de Carl Gustav Jung. Foi então que recebi um texto muito interessante sobre os arquétipos femininos, denominado "Há em mim muitas deusas". Infelizmente, não posso informar a autoria, pois guardei somente um resumo do texto. Mas tentarei transmitir as ideias que recebi.
Primeiramente, vou explicar brevemente o que são arquétipos. Jung descreveu arquétipo como um conjunto de imagens presentes no inconsciente coletivo, que é a parte mais profunda do inconsciente de uma pessoa, e que guarda a herança genética de um povo. Ou seja, toda pessoa possui o inconsciente pessoal (resultado de experiências vividas) e o inconsciente coletivo, que não depende das vivências pessoais, mas sim da cultura onde ela vive. Tanto as imagens do inconsciente pessoal quanto as do coletivo interferem na personalidade e comportamento humano.
Dessa forma, procurar em qual arquétipo você se identifica é uma bom exercício de autoconhecimento.
Então, vamos às deusas gregas e suas características:

AtenasDeusa da sabedoria
A mulher Atenas é prática, valoriza o intelecto e geralmente prioriza o lado profissional. Costuma estar rodeada por pessoas que a admiram. Sente-se atraída por homens inteligentes, mas tem dificuldade em vivenciar os prazeres físicos e seu lado afetivo pode ficar em segundo plano.
Aspectos a serem desenvolvidos: consciência corporal e afetividade.

Artemis: Deusa da caça e da lua 
A mulher Artemis é guerreira, individualista e busca a liberdade em todos aspectos de sua vida. Auto suficiente, costuma optar pelo celibato. Busca o contato com  a natureza e com os animais para reequilibrar-se. 
Aspectos a serem desenvolvidos: racionalidade, sociabilidade e ternura.

Perséfone: Deusa do mundo oculto
A mulher Perséfone é meiga, feminina e sente grande atração pelo mundo esotérico e espiritual. Costuma atrair homens mais jovens. Gosta de ficar sozinha, recolhida em seu mundo interior. 
Aspectos a serem desenvolvidos: afetividade , ardor (para minimizar seu distanciamento do mundo) e ligação com a realidade.

Afrodite: Deusa da beleza e do amor
A mulher Afrodite é impetuosa e impulsiva. Possui uma vitalidade intensa e desperta afetividade por onde passa. Vive plenamente sua sexualidade, e sua vida sentimental é geralmente tumultuada.
Aspectos a serem desenvolvidos: disciplina, racionalidade e profissionalismo.

Héstia: Deusa da purificação
A mulher Héstia é equilibrada e responsável pelas questões familiares. Centrada no "aqui-agora", consegue permanecer firme nas situações mais confusas. Envolvida com o coletivo e as grandes causas.
Aspectos a serem desenvolvidos: senso de realidade e individualidade.

Deméter: Deusa das colheitas.
A mulher Deméter é maternal, acolhedora e preocupada com o bem estar da família, dos filhos e dos amigos. Gosta da vida no lar, é super protetora  e pode ser sufocante em seus relacionamentos.
Aspectos a serem desenvolvidos: cuidado consigo mesma, profissionalismo e individualidade.

Hera: Deusa do casamento.
A mulher Hera é ligada ao poder e valoriza o casamento. É vista pelos amigos como alegre, ativa e inteligente. Em casa, costuma ser autoritária e priorizar os padrões sociais. 
Aspectos a serem desenvolvidos: ternura e respeito às diferenças individuais.

Como diz o título dessa postagem, todos somos uma mistura de várias deusas. Sim, pois elas estão presentes também no lado feminino dos homens. Por esse motivo, convido a todos para esse mergulho em suas deusas interiores, inclusive para identificação dos aspectos de sua personalidade que necessitam de uma maior atenção.
Eu mesma me considero uma personificação de Perséfone com grande influência de Atenas. Portanto, preciso desenvolver a consciência física, a afetividade, o ardor e a ligação com a realidade.
E suas deusas, quais são? 




Muita luz para todos!
Abraços




terça-feira, 9 de setembro de 2014

FLORAIS DE BACH




Boa tarde, pessoal!

O primeiro tema de meu blog teria que ser sobre uma paixão antiga: a terapêutica com os remédios florais do Dr. Bach.
Acredito que todos já conheçam de alguma forma essa terapêutica. Mas gostaria de abordar minha experiência profissional e pessoal sobre o assunto, da maneira mais simples que seja possível.
Eu trabalho com Florais de Bach desde 1991, quando fiz um curso ministrado por um médico homeopata, profundo conhecedor do assunto. Como médico, ele inclusive ensinou-nos a associar alguns sintomas físicos com problemas emocionais, já que esses medicamentos são diretamente relacionados aos transtornos dessa ordem.
Comecei a utilizar essa terapêutica floral como complemento à psicoterapia em minha clínica. Como psicóloga, não poderia ministrar medicamentos, como fazem os psiquiatras. E buscava alternativas que pudessem favorecer e até acelerar o processo psicoterápico. 
Na época, esse assunto ainda era um tabu, embora ainda hoje toda terapêutica que trabalha com ENERGIA  (tratarei disso logo abaixo) seja muito discutida. Mas minha experiência com o assunto foi totalmente positiva. Esses medicamentos, quando corretamente ministrados, tratam dos distúrbios emocionais minimizando os sintomas sem mascarar as causas dos mesmos. Pelo contrário. Agem como se estivessem "despetalando" uma rosa, equilibrando as emoções que são originadas por uma causa, e que a "recobrem" como as pétalas de uma rosa ocultam seu interior. Simplificando (como sempre), um apego excessivo às pessoas e/ou a objetos pode ser um sinal do distúrbio emocional conhecido como Síndrome do Pânico. 
O mesmo sintoma pode ter origens diferentes, como o mesmo distúrbio original pode apresentar diferentes sintomas (físicos e/ou emocionais). Por exemplo, a Síndrome do Pânico citada acima também pode desencadear um caso de obesidade (compulsão alimentar para compensar a ansiedade que o pânico provoca), assim como a obesidade também pode ser um sinal de incerteza em recorrigir o caminho da vida (compensar o "vazio interior"). Ou seja, o assunto é extremamente complexo e por esse motivo os Florais de Bach devem ser receitados por profissionais habilitados, para não haver o risco de problemas na associação causa/sintoma, e também para não desencadear emoções indesejáveis. Sim, os remédios florais não apresentam contra indicações explícitas, MAS PODEM DESENCADEAR SINTOMAS COLATERAIS. Alguns medicamentos não podem ser ingeridos à noite, para não causarem insônia. Outros não devem ser receitados no início do tratamento, quando a pessoa ainda não está fortalecida emocionalmente para vivenciar alguns sentimentos dolorosos e que estão ocultos pelo sintoma. E isso geralmente não é encontrado em revistas, sites e nem mesmo em muitos livros.   

Como os Florais de Bach atuam em nosso organismo?

É aí que entra a questão da ENERGIA. Bem, devo advertir que ainda não existe uma conclusão científica para essa questão. A prova atual de que os remédios florais funcionam é através dos efeitos que eles provocam. Por esse motivo, são tão questionados. 
Segundo o próprio Dr. Bach, os florais, "como uma linda música ou qualquer outra coisa inspiradora que levante nosso astral, fazem emergir nossa verdadeira natureza, e nos aproximam de nossas almas. E tão somente por essa ação eles nos aportam paz e aliviam nosso sofrimento" .
Vou tentar explicar como imagino a atuação dos florais, que é a mesma explicação que encontro para todas as tão discutidas terapias energéticas. Para isso utilizo conceitos (simplificadíssimos, é claro) que podem ser melhor explicados pela mecânica quântica (os especialistas que me perdoem ...). É claro que essa é uma explicação extremamente simplista e subjetiva, mas vamos lá:
Toda matéria é composta por partículas (átomos) que estão em constante movimento. Esse movimento gera uma energia (ou vibração). Uma pessoa que está vivenciando sensações de bem estar (físico, mental e espiritual) está vibrando  em seu equilíbrio . Ou seja, todos seus átomos estão movimentando-se da maneira como deveriam estar. E esse equilíbrio é algo  único e particular, varia de pessoa a pessoa. 
Digamos que para estar em equilíbrio, uma pessoa precisa que seus conjuntos de partículas estejam movimentando-se em diferentes velocidades. Essa soma (usaremos como exemplo: velocidade 1 + velocidade 2 + velocidade 3, etc.) é que gera o equilíbrio. Se em algum momento, por qualquer motivo, um conjunto de partículas que movimentava-se na velocidade 2 (por exemplo) passe a movimentar-se na velocidade 1, esta pessoa estará em desequilíbrio.
Ainda utilizando-se o exemplo acima, e supondo-se que a velocidade 2 execute um movimento duplamente mais rápido do que a velocidade 1, para que seja restabelecido seu equilíbrio, essa pessoa precisará de algo que vibre (movimente-se) na velocidade 1 (já que 1 +1 = 2).
Adaptando-se essa sofrível explicação para a terapêutica floral, e continuando a série de exemplos, digamos que a "falta da velocidade 1" gere em uma pessoa a sensação de apatia. Para tratar esse sintoma, eu poderia receitar o floral "Wild Rose". Então esse floral vibraria na velocidade 1, que é a que falta para a pessoa entrar em equilíbrio. Detalhe: quando se trata de vibração, nosso organismo somente absorve a vibração exata que está faltando. Se essa pessoa ingerir um floral em outra vibração, o organismo simplesmente "ignora" e não absorve essa vibração. Por esse motivo, dizemos que os remédios florais não têm contra indicação.

IMPORTANTE: os Florais de Bach não substituem nenhum tipo de tratamento (medicamentoso ou psicoterápico), somente devem ser utilizados como uma terapia complementar, desde que indicados por um profissional habilitado.

Bem, pessoal, espero ter conseguido transmitir um pouco do que aprendi esses anos sobre esse assunto tão simples e ao mesmo tempo complexo. Não classifiquei os florais nem contei a vida do Dr. Edward Bach (que, por sinal, é muito interessante), mas vocês poderão encontrar maiores explicações em vários sites da internet. 



Por favor, divulguem, comentem, perguntem, deem sugestões. Gostaria muito de saber quais assuntos vocês gostariam que eu abordasse nas próximas postagens. 

Muita luz para todos!
Abraços